quarta-feira, 7 de julho de 2010

Dar es Salaam

Habari!!!
Estou em Dar es Salaam, cheguei aqui ontem pela manhã depois de 2 longos dias viajando. Dar é a maior cidade da Tanzânia e mistura influências inglesas (eles dirigem do lado “errado”), muçulmanas (no hotel em que estou, por exemplo, é proibido consumir bebida alcoolica), africanas tradicionais (há masais andando pelas ruas, homens de vestidos compridos com uma amarração específica), entre várias outras.
As pessoas sorriem e te cumprimentam, mas a cidade é desorganizada. O trânsito é pesado, os ônibus parecem que foram feitos pra bonecos porque eu, que sou gigante, se me estico não consigo ficar em pé sem bater a cabeça no teto - imaginem os homens norte-americanos do grupo como sofreram. A opção aos ônibus lotados são os táxis, em que você negocia o preço com o motorista (não existe taxímetro).
Você não se sente seguro em Dar. Tem que tomar cuidado com a bolsa e com seus pertences, ainda que o crime mais praticado seja o “bate-carteira”, que conhecemos tão bem no Brasil. Acho que a cidade não é, tampouco, tão perigosa. A sensação vem da falta de iluminação, das ruas de asfalto misturado com terra, das quase inexistentes calçadas. Certamente não mais perigosa que muitos lugares de São Paulo. Na verdade Dar se parece com o Largo 13 de Maio ou com a Praça da Sé na hora do rush.
Há sempre muitas pessoas na rua e elas falam oi para os estrangeiros. O hotel em que estamos se chama Jambo INN, algo como “hotel olá”. É bem simples, mas limpo e tem um ventilador de teto, luxo por aqui. Agora são 19h50 e tem uma música vinda da mesquita aqui perto, isso acontece duas vezes ao dia, pela manhã e à noite.
Ontem assistimos ao jogo, todos juntos, em um bar holandês. Eu e minha bandeira fomos massacradas no telão enquanto as pessoas no bar me trataram com camaradagem. Assisti também ao triste jogo de Gana, depois de muito rodar, em outro bar. Não são muitas as TVs por aqui.
Na volta do jogo, o motorista de taxi se perdeu e ficamos rodando, eu, Kristina (minha companheira de equipe) e Brendon (membro da organização que vive há um ano em Dar). Estranhíssimo porque tarde da noite tem muitas pessoas na rua, não sei bem com que intenção, é uma cidade escura com pouquíssima iluminação. Paramos nos informar com um casal sentado em uma esquina e a mulher correu pra dentro de casa, como que com medo de nós. Como o preço havia sido combinado com antecedência, o motorista não ganhou nada com a hora que passamos rodando. A corrida ficou em $7.000 shilings tanzanianos (US$3 mais ou menos).
Estou cansada, o dia foi bem longo e estamos todos nos adaptando e entendendo como devemos nos comportar e o que devemos fazer. Hoje pela manhã fomos a uma feira de negócios com o Ministro da Integração, que veio nos buscar em carro militar. Tratou-nos super bem e tive a chance de fazer bons contatos no pavilhão brasileiro do evento. Junto a isso olhamos por tudo, buscando oportunidades de negócio. Às vezes as butterflies pulam na barriga quando vejo o tamanho da responsabilidade que assumi – estou adorando tudo isso :)
Os contatos feitos na Feira me deram muitas idéias e surgiram conexões interessantes, especialmente com Moçambique. Como se fala português em Moçambique eu terei a chance de desenvolver essas idéias. A parte estranha da Feira é que tinha de tudo ali, da Vale e apicultores e um espaço para exposição de animais selvagens. É uma pena que o primeiro leão que vi na África estivesse dentro de uma jaula...
Amanhã pegaremos um ônibus super cedo (6 da manhã) para Korogwe.

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