Estávamos voltando de Korogwe, carregando 55L de combustível no ônibus para abastecer a bomba de irrigação. O ônibus estava lotado, como sempre.
Em uma das primeiras vilas na estrada de terra, a moça que estava sentada conosco, com sua filha no colo, precisou descer. Nós estávamos no fundo do ônibus, que tem apenas uma porta junto ao motorista.
A irmã da moça se dirigiu à frente do ônibus para dizer “shusha” (desce) – os ônibus param em absolutamente qualquer lugar que você queira, incluindo paradas a 10 metros de distância uma da outra para pegar 2 grupos de pessoas que poderiam esperar juntos e contribuir para que os 38km de Magoma a Korogwe fossem percorridos em menos de 2 horas.
O ônibus parou e a moça, carregando o bebê de pouquíssimos meses, começou a se movimentar. Uma discussão intensa tomou conta da multidão. Em alguns segundos o ônibus decidiu que a melhor forma de lidar com a situação seria passar o bebê pela janela para alguém que estivesse no chão enquanto a mãe se espremia para alcançar a porta.
O bebê passou de mão em mão até o projeto estar completo. A mãe o recuperou alguns minutos depois quando finalmente conseguiu descer.
A propósito, o combustível chegou bem e já está sendo usado. Os galões, que inicialmente continham ácido sulfúrico 98%, foram exaustivamente lavados por Kristina e eu, com muita água e sabão, deixando marcas em nossas roupas. Tive que caminhar por todo o mercado no SOL em busca de galões (não, eles não são vendidos no posto de gasolina) até pagar TSH12000 por dois containers azuis que deveriam comportar 70L de combustível após serem bem lavados – comportaram 55L.
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