Mama Mwaka: a pessoa que eu queria casar
com Mzee Rubeni é uma mulher forte que carrega árvores na cabeça e deixa todos
os homens boquiabertos com o tamanho de seus braços e as garras que são seus
pés. No entanto, quando abre o sorriso, se torna uma mãe doce que cuida de si mesma
e que honra seus compromissos sem nunca deixar de ser carinhosa.
Mama Mwaka vive na menor de todas as casas
do grupo, um quarto e cozinha de pau-a-pique que fica recuada da estrada e tem
uma árvore onde deitamos à sombra para descansar dos dias de trabalho e para
comer nossas refeições com as mãos.
No auge da fome em Kwak, em janeiro deste
ano, Mama Mwaka cozinhou por vários dias para o Sam, para nossos coordenadores
de projeto e para mim. O acordo era que eu pagaria pela comida, mas quando o
momento chegou vi uma Mama Mwaka brava, que se recusou a aceitar o meu dinheiro
e disse que eu era sua família e família não paga para comer em sua casa – e
não adiantou argumentar que a “família” havia trazido 14 outras bocas para seu
tapete.
Mama Mwaka dizia no começo que comida para
ela era ugali (pasta de milho com água, tradicional da região) e me fez muito
feliz quando finalmente passou a ter sua boca salivando com a perspectiva de
omeletes.
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